sábado, 20 de agosto de 2011

Hojé a comida é baiana!



Apagão e Chuva – foi assim que eu iniciei os preparativos do Carurú de despedida/Caruru do Zé na sexta, 12 de agosto.

Acontece que as meninas da Ufba falaram que o Carurú era do Zé. Um motivo para virem aqui em casa e para aquelas que ainda não conheciam o famoso Zé terem esse imenso prazer. Mas, o Zé é pé frio.


Brinco com isso porque essa história de pé frio e antiga: 

o   O carro quebrado em sua primeira  viagem de carro - RJ/SP;
o   Turbulências no avião em sua primeira viagem aérea;
o   Os desacertos nas passagens na primeira viagem e mudança à Salvador;
o   Apagão e muita chuva no primeiro carurú, e outras…

Mas, lógico que isso é só mais um motivo para gozação. O Zé é um menininho muito danado e faz a sua sorte, não é atoa que com todas as vezes que tenta durante o dia, e são muitas, sempre para no chão e no final tem colinho da mamãe com peito e leitinho prontinho na hora do dengo.

Com a semana atribulada devido o Conlab eu coloquei o Carurú de lado, só depois de quinta é que fui pensar nos detalhes. Porém, a Renata/Ufba por exemplo pensou, e até criou um evento no Facebook para chamar a turma. Adorei a ideia e o carinho da turma presente.



Os outros convidados ficaram por conta de alguns amigos do Elói do curso de formação da Petrobras, parte da minha família e as minhas, queridas, vizinhas. 






Com certeza sentirei muitas saudades, super prestativas, atenciosas, amigas e companheiras. Na hora da cervejinha estão lá e na hora da labuta também, mesmo que seja à luz de velas limpando camarão seco e preparando os ingredientes, me dando toques, trocando experiência.


Carurú para elas no mês de Setembro é sagrado. Para umas foi passado pela sogra ou pela mãe para continuar uma tradição e para outras se trata da religiosidade, mas tudo termina em um prato de comida delicioso. Só para entender quando vamos fazer um Carurú, que se trata de uma comida completa, mas te um prato chamado carurú feito com quiabo, os outros pratos são: vatapá, banana frita, xinxin de galinha, farofa de azeite, moqueca de peixe e arroz branco. Eu fiz o meu carurúzinho com 150 quiabos, achei muito, mas a minha vizinha de porta de frente faz 2000 quiabinhos. Também achei muito, se da trabalho fazer um pouquinho, imagina cozinhar 70 quilos de frango como ela me passou, nem tentei pensar em todo o cansaço dela depois, o meu já foi suficiente. Mas adorei as panelas de barro que ela me emprestou para arrumar a mesa.

Já falei como eu adoro o tempero da Bahia? É um Tempero para Tudo. Aqui não falta alegria e disposição. Vou sentir falta dessa terra, do seu tempero, seus aromas e cores. Uma baianidade contagiante que inspira qualquer um que passa por aqui.

Me sinto privilegiada por passar esses meses por aqui. Deixar tanta gente querida pelo caminho, deixar o azeite de dendê, o camarão seco e o acarajé nas segundas é simplesmente lamentável.



Na mesa a toalha branca, contrastando com as flores tropicais, em casa as pessoas especiais, na panela a comida gostosa, no coração transbordar de uma saudade. Estou de partida, lógico que volto, volto de passeio para mostrar para o Zé o que essa terra tem. Adoro as praias quentes, o clima de verão o ano inteiro e o seu povo hospitaleiro - gente de garra e muita fé.
Ah… A sobremesa ficou por conta dos bolinhos de estudante.

2 comentários:

  1. Hum, que delicia estava tudo isso! Que venha agora o dia da comida santista! sera se existe isso?

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  2. Oi amor...
    Vc por aqui?!
    Tb te amo, viu...

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Obrigada,

Agnes.